"Melhor do que saber falar é saber o que esta falando." (Claudiney Ribeiro)

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Divagações


Novamente a realidade nos sacode os ombros. De todas as mazelas humanas, a morte nos faz lembrar a triste condição de ser, como tudo, efêmero. As grandes tragédias nos levam ao descobrimento da dor, do sofrimento, da saudade, mas acima de tudo nos mostram nossa estranha pequenez ante o portentoso universo. A maioria dos homens não acredita no inevitável, aquela força maior que faz o que independe da nossa vontade.

Quando nos bate à porta essa força maior, a maioria de nós se enclausura em questões e sofrimentos que parecem nunca acabar, mas alguns tiram daí um aprendizado: a dor une as pessoas e faz o que a força e as guerras nunca conseguiram, a aceitação do próximo como humano, como um igual.

A tragédia de Santa Maria (RS) nos leva a refletir essa complexa condição. Seríamos mesmo criaturas tão superiores como acreditamos, já que somos tão perecíveis quanto à chama de uma vela? Em contrapartida, fica outro questionamento: somos mesmo tão frágeis? A solidariedade, a união frente à dor alheia, a compaixão pelo próximo e a aceitação às diferenças, isso não nos faz a melhor e mais evoluída da criaturas? 

Não, isso faz de nós apenas humanos, seria a conclusão mais lógica.

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