Novamente a realidade nos sacode
os ombros. De todas as mazelas humanas, a morte nos faz lembrar a triste
condição de ser, como tudo, efêmero. As grandes tragédias nos levam ao
descobrimento da dor, do sofrimento, da saudade, mas acima de tudo nos mostram
nossa estranha pequenez ante o portentoso universo. A maioria dos homens não
acredita no inevitável, aquela força maior que faz o que independe da nossa
vontade.
Quando nos bate à porta essa
força maior, a maioria de nós se enclausura em questões e sofrimentos que
parecem nunca acabar, mas alguns tiram daí um aprendizado: a dor une as pessoas
e faz o que a força e as guerras nunca conseguiram, a aceitação do próximo como
humano, como um igual.
A tragédia de Santa Maria (RS)
nos leva a refletir essa complexa condição. Seríamos mesmo criaturas tão
superiores como acreditamos, já que somos tão perecíveis quanto à chama de uma
vela? Em contrapartida, fica outro questionamento: somos mesmo tão frágeis? A
solidariedade, a união frente à dor alheia, a compaixão pelo próximo e a
aceitação às diferenças, isso não nos faz a melhor e mais evoluída da
criaturas?

algo pra pensar...
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